sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Estrelas de neutrões podem ter seus próprios sistemas

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As estrelas de neutrões podem ser centros de sistemas de corpos celestes, tal como o Sistema Solar. Astrónomos australianos afirmam que em torno de uma destas estrelas giram asteróides e, possivelmente, planetas.

Alguns de seus colegas acreditam que tal conclusão é controversa. Mas, se isso for verdade, pode existir um sistema de planetas junto a qualquer estrela.

Em seu artigo na revista The Astrophysical Journal Letters os astrónomos australianos dizem que notaram uma falha nos impulsos de uma das estrelas giratórias de neutrões, ou pulsar. Tais estrelas emitem um feixe estreito de ondas de rádio, às vezes juntamente com raios X e luz visível. O feixe gira com a estrela e ocasionalmente coincide com a direção da Terra. Estes sinais de impulso se repetem muito regularmente. Uma falha na frequência indica que algo aconteceu com a estrela.

Os cientistas australianos notaram tais falhas num pulsar na constelação de Puppis ao observá-lo através de seus radiotelescópios. Em 15 anos, os parâmetros do sinal têm mudado. Os cientistas concluíram que a estrela de neutrões está cercada por asteróides. Segundo eles, quando o poderoso feixe colide com um asteróide, este se evapora transformando-se em plasma. A cobertura de plasma envolve o pulsar na forma de um escudo magnético, retarda a sua rotação e, ao mesmo tempo, afeta o processo do nascimento do feixe.

Mas de onde apareceram asteróides junto do pulsar? Afinal, os pulsares são o que resta depois de explosões de super novas. Os autores da publicação supuseram que parte da substância dispersa da super nova, eventualmente, volta para trás e se junta num disco que circunda a estrela de neutrões. E dentro desse disco se formam de novo asteróides e talvez até planetas.

No entanto, as anomalias observadas dos impulsos podem também ser explicadas por outros fatores, diz o astrónomo Alexander Bagrov. No espaço interestelar há muitos pequenos corpos errantes como núcleos de cometas:

“Para cada estrela da galáxia existem pelo menos mil desses corpos errantes. Se um deles passar e colidir com uma estrela de neutrões, então é que surgem os fenómenos descritos pelos astrónomos australianos. Uma colisão com uma estrela de neutrões deve mudar o seu período de rotação. Eu considero esta publicação como uma prova de que com a estrela colidiu com um corpo galáctico errante, e não um asteróide que existia perto dela.”

No entanto, existem argumentos a favor da hipótese dos australianos. Em nossa galáxia foi descoberto pelo menos um pulsar com disco. E junto de outro, ainda em 1992, foram observados dois objetos semelhantes a planetas. O astrofísico Vladimir Surdin conta mais:

“Nós continuamos sem entender de que substância se formaram esses planetas, se tudo era suposto se dispersar no espaço na sequência da explosão. Por isso a ideia de que asteróides poderiam permanecer perto de um pulsar é bastante sensata. Um pulsar, enquanto jovem, é uma poderosa fonte de radiação de rádio e raios X. Seu feixe pode embater num asteróide e vaporizá-lo parcialmente, esta nuvem de plasma modifica a radiação do pulsar, impede-a de passar na nossa direção, para a Terra. Esta é uma ideia normal, está tudo certo com a física aqui. Claro, é preciso investigá-la e verificá-la, mas à primeira vista ela parece sensata.”

Outra coisa não está clara. Depois de explodir, uma super nova perde a maior parte de sua massa e, consequentemente, enfraquece também o campo gravitacional. Tudo o que girava em torno dela – planetas, asteróides, cometas – deveria deixar a vizinhança da recém-formada estrela de neutrões. No entanto, uma parte da substância dispersa pela explosão, por alguma razão, é travada e move-se de volta em direção ao pulsar, formando um disco.

As leis tradicionais da mecânica celeste não são capazes de explicar isso, enfatiza Vladimir Surdin. Aparentemente, o fenómeno é muito mais complexo do que nós podemos imaginar.

Batmobile está à venda por 1 milhão de dólares

Batmobile está à venda por 1 milhão de dólares

Uma réplica do carro conduzido por Christian Bale no filme 'Batman' está à venda por um milhão de dólares. Até tem leitor de CD.

O carro está a ser vendido por cerca de 724 mil euros com a indicação de que pode ser conduzido legamente nas estradas e uma observação: "no entanto, note-se que não é um carro para conduzir no dia a dia".

O Batmobile é idêntico ao que conduzia Christian Bale ("Batman Begins") quando interpretou o superherói de Gotham City, mais Bluetooth, iPod e leitor de CD e DVD e cinco câmaras para ajudar a estacionar em locais complicados um motor de oito cilindros e condução automática. Só não dispara armas como os carros da ficção. E, como alertam no Reino Unido, a outra desilusão é que tem o volante à esquerda. Um problema que um português eventualmente interessado não terá.

Anúncio de funerária causa polémica

"Mais do que enterros, fazemos homenagens", é a mensagem com que termina o anúncio colocado no YouTube

Uma agência funerária de Lisboa colocou um anúncio na Internet que é duramente criticado por agentes do sector. Num mês, o filme já tem cerca de 60 mil visualizaões no YouTube.

A campanha publicitária da agência funerária Funalcoitão, de Lisboa, está a causar polémica no sector. No anúncio com a duração de 66 segundos - e que no espaço de um mês teve já cerca de 60 mil visualizações no YouTube - é filmado um cortejo fúnebre liderado por um homem montado num burro, onde não falta uma banda a tocar acordeão e tambores, pessoas a fazerem acrobacias e um morto com o caixão aberto.

"Mais do que enterros, fazemos homenagens", é a mensagem com que termina o filme.

"Este anúncio é uma falta de dignidade profissional. No nosso sector, temos o dever de não apalhaçar as coisas", critica João Barbosa, presidente da Associação dos Agentes Funerários de Portugal. Em declarações ao Expresso, este responsável, defende que o marketing funerário "pode ser agressivo mas sempre digno". E considera que o anúncio em questão "acaba por desprestigiar todo o sector".

Carlos Almeida, da Associação Nacional de Empresas Lutuosas (ANEL), não partilha desta opinião. "Já vi casos de catálogos de urnas funerárias com senhoras menos vestidas". Sobre este caso, não vê "mal ao mundo" e garante que as reações que lhe chegam "são positivas". Para o presidente da ANEL, esta empresa funerária fez "um anúncio irónico e satírico que não ofende ninguém".

"Um funeral não tem de ser sombrio"

Um dos responsáveis da agência Funalcoitão, Carlos Carneiro, diz ao Expresso "respeitar as críticas negativas" mas esclarece que quiseram apenas realizar um anúncio que passasse a mensagem de que "um funeral não tem de ser tradicional, sombrio, pesado". 

Carlos Carneiro revela que desde que o anúncio circula nas redes sociais que têm tido mais procura de clientes e de pessoas que pretendem "saber um pouco mais" sobre os serviços desta funerária. "Percebemos que o anúncio possa causar polémica. Mas as reações e comentários na nossa página do Facebook têm sido muito positivos", garante. 


Fonte: Expresso

Rússia começa a produzir ossos nano cerâmicos

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Cientistas russos desenvolveram um substituto nano cerâmico de ossos naturais. As próteses nano cerâmicas não são rejeitadas pelo organismo humano.

O material nano cerâmico pode servir para substituir quaisquer ossos. As próteses nano cerâmicas serão várias vezes mais baratas do que as de outros materiais e, portanto, acessíveis a todos os setores da população.

Os testes pré-clínicos realizados em animais mostraram resultados altamente promissores: as pequenas próteses nano cerâmicas verificam uma incorporação completa. Atualmente, os especialistas estão preparando ensaios clínicos, após o qual se poderá proceder à obtenção de licença e iniciar a produção de ossos artificiais.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Na Rússia foi encontrada uma nova pedra preciosa

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Foto: abakan-news.ru

Na região dos Urais foi encontrada uma nova pedra preciosa, que não constava até agora nos anais científicos.

Afirma-se que esta pedra é capaz de competir até com os diamantes e esmeraldas. O novo mineral, batizado mariinskite, é de cor verde viva e possui elevado índice de refração. Daí vem que se a lapidação for correta, poderá irisar-se tão bem como um brilhante.

O nome da pedra provém da jazida de esmeraldas Mariinsky, onde ela foi encontrada. A fórmula química do mariinskite é muito simples: BeCr2O4, isto é, berílio-cromo-dois-o-quatro, o que o torna bastante raro. É que a maioria das novas descobertas tem fórmulas bastante complicadas, isto é, são misturas, enquanto que precisamente as pedras puras é que têm o valor máximo. Além disso, o mariinskite tem uma cor verde excepcionalmente viva e possui, inclusive, aspecto mais impressionante do que uma esmeralda.

Quanto à dureza o novo mineral deve pouco ao diamante: o seu índice de dureza é 8,5, enquanto a do diamante é 10. E quanto à característica principal das pedras preciosas – o índice de refração da luz, o mariinskite pode competir perfeitamente com brilhantes e esmeraldas.

O mineral foi encontrado em forma de grânulos minúsculos. O maior exemplar encontrado desta pedra chega a meio-milímetro. No entanto, este achado terá um futuro brilhante se nesta jazida forem encontrados cristais maiores, revelou à Voz da Rússia um dos descobridores do mariinskite Mikhail Popov:

“As características básicas do mariinskite consistem em que esta pedra se encontra muito raramente e tem elevado índice de dureza e uma cor viva e bela, da mesma maneira que a esmeralda e alexandrita. Os parâmetros da refração, isto é, as características óticas são próximas às do diamante. O único aspecto negativo são dimensões pequenas da sua formação – tão somente 0,2 mm. Uma pedrinha deste tamanho não pode ser lapidada, pois depois da lapidação vai sobrar apenas um quinto dela. Por enquanto, é cedo para falar da descoberta de todo um novo filão do mineral, pois ele foi encontrado na jazida Mariinsky – a maior mina de esmeraldas e alexandritas na Europa e uma das maiores minas deste género no mundo. Pode-se afirmar, apenas, que na mina, em que se realiza a sua exploração, já surgiu um elemento novo.”


Foto: rusfoto.net

É possível que devido à sua unicidade e elevadas qualidades a nova pedra tenha valor mais alto do que os brilhantes e esmeraldas. Mas os especialistas não se apressam a afirmar que o mariinskite venha a fazer uma revolução no mercado internacional de pedras preciosas. Mas para os colecionadores este achado tem um valor simplesmente excepcional.

A aquisição deste mineral representa, certamente, um investimento muito bom do capital, pois o preço desta pedra única pode crescer em forma de uma progressão geométrica, revelou à Voz da Rússia o geólogo Vladimir Polevanov:

“Se este mineral existe milhares de anos nos Urais e ninguém sabia da sua existência, logo a sua quantidade lá é muito pequena e a sua influência sobre o mercado de pedras será insignificante. O mercado de pedras preciosas é excepcionalmente conservador. O diamante, esmeralda, rubi e safira possuem popularidade durante milénios. Por isso, a nova pedra não poderá sobrepujá-los em popularidade. Tenho 90% de certeza de que esta pedra jamais irá sobrepujar o brilhante, mas será inapreciável para os colecionadores e eles irão pagar uma exorbitância para possuí-la.”

A unicidade do novo mineral consiste também no fato de que durante os últimos duzentos anos nos Urais não foi encontrada nenhuma pedra nova, exceto a alexandrita, constata o cientista. Por isso, este achado representa um grande interesse para a ciência. Agora as amostras de mariinskite já se encontram nas coleções dos dois maiores museus geológicos da Rússia – em Moscovo e em São Petersburgo.

Registada a mais potente explosão de raios gama em vinte anos

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O aparelho russo Konus, que equipe a sonda norte-americana Wind, observou uma explosão de raios gama de intensidade excepcional.

A sua fonte ainda não foi descoberta, depois dessa explosão de raios gama ter sido registrada os cientistas tentam descobrir a mesma fonte noutros diapasões do espectro. Esse evento representa um recorde pelo seu pico de luminosidade e pela energia fotónica de toda a história das observações do aparelho Konus, ou seja, desde há quase 20 anos.

No dia 19 de fevereiro de 2014 o aparelho russo Konus, instalado na sonda norte-americana Wind, registrou uma explosão de raios gama que foi uma das mais intensas que se conhece. O pico do seu fluxo (ou seja, a maior quantidade de fotões emitidos por unidade de tempo) e o pico de energia dos fotões superaram os mesmos parâmetros das explosões observadas até hoje pelo Konus. O impulso principal demorou 2,5 segundos, a fase de pico foi de 1,6 milissegundos. Depois disso se seguiu uma emissão de intensidade bastante mais baixa. No total o evento durou cerca de meio minuto. Na circular da Rede de Coordenadas de Explosões de Raios Gama (Gamma-ray Coordinates Network ou GCN) ele recebeu a sigla GRB 140219A.

Os investigadores do Instituto Físicotécnico Ioffe da Academia de Ciências da Rússia, onde o aparelho Konus foi desenvolvido, tentam com a ajuda dos seus colegas russos e estrangeiros detetar o objeto que foi a fonte dessa explosão tão potente nos espectros visível e de raios-X. Na sua generalidade, a natureza das explosões de raios gama, que são explosões muito potentes e breves de raios gama, distribuídos uniformemente por todo o céu, continua a ser pouco compreendida. A sua fonte podem ser colisões entre estrelas de neutrões, ou entre estrelas normais, mas massivas, que terminam sua vida como supernovas. Também existem teorias mais exóticas, mas neste caso é interessante verificar que a GRB 140219A foi simultâneamente curta (se nos referirmos ao evento principal) e bastante longa (se acrescentarmos a radiação de menor intensidade). Se considera que as explosões curtas são o resultado de colisões entre estrelas de neutrões e as longas – das explosões de supernovas. Para descobrir esse mistério seria muito desejável observar o mesmo objeto também nos outros diapasões do espectro eletromagnético, incluindo o visível.

Se essas buscas tiverem sucesso, os conhecimentos sobre as explosões de raios gama serão enriquecidos. Mas esse acontecimento é também notável por essa explosão recorde ter sido registrada por um aparelho russo que trabalha no espaço há já quase vinte anos. A própria linha de aparelhos Konus surgiu com as sondas soviéticas Venera. Os primeiros Konus foram desenvolvidos pouco depois da descoberta das explosões de raios gama (início dos anos de 1970) sob direção de Evgueni Mazets no Instituto Ioffe. Eles equipavam as sondas automáticas desde a Venera-11 à Venera-14 nos anos de 1978-1983, e os seus resultados serviram de base às representações atuais das explosões de raios gama.

O aparelho Konus da sonda Wind foi lançado em novembro de 1994. Nos últimos quase vinte anos ele registrou mais de 3 mil eventos, não apenas explosões de raios gama, mas também outros. A órbita da sonda Wind, que pesquisa o vento solar, resultou ser muito útil também para o estudo das explosões de raios gama: os detetores Konus e Wind varrem regularmente toda a esfera celeste. Ele faz parte da rede interplanetária de registro de explosões de raios gama que é composta por aparelhos de deteção instalados em diferentes sondas. Apesar de as missões principais dos seus “hospedeiros” não ter a ver, regra geral, com as explosões de raios gama, o importante é que esses fenómenos podem ser observados a partir de diferentes setores do Sistema Solar, daí resultando uma localização mais precisa desses eventos.

Infelizmente, no início de junho de 2013 ocorreu o falecimento de Evgueni Mazets, o criador dos Konus. Mas a linha desses aparelhos continua. Os detetores Konus também funcionaram na sonda Koronas-Foton (2009) e nos dois satélites Kosmos-2326 e Kosmos-2367 (1995-2001). Atualmente o Instituto Ioffe está desenvolvendo novos instrumentos que se planeia instalar no observatório espacial Spektr-UF e em pequenas sondas que estão sendo desenvolvidas pela NPO Lavochkin.

Revés Astronómico: Os planetas gémeos da Terra poderiam não albergar vida

© NASA / H. Lammer

Num estudo sobre a formação de super-Terras (planetas extra-solares terrestres com características semelhantes à Terra orbitando na zona habitável), os autores concluem que é provável que sejam planetas mortos.

Segundo explicaram os pesquisadores, de sistemas planetários, incluindo o sistema solar se formou a partir de hidrogénio, hélio e elementos pesados ​​que orbitam ao redor de suas estrelas. 

Posteriormente, poeira e material rochoso são agrupados para formar núcleos rochosos que eventualmente tornam-se em planetas. 

O estudo, que foi publicado na revista "Royal Astronomical Society" , salienta que a densa atmosfera das super-Terras, tem uma massa entre e dez vezes a da Terra, não lhes permite suportar vida apesar de estarem na zona habitável da sua estrela. 

Helmut Lammer, do Instituto de Pesquisas Espaciais, da Áustria, com sua equipe de pesquisadores modelaram o equilíbrio entre captura e remoção de hidrogénio dos grupos planetários que têm entre 0,1 e 5 vezes a massa do nosso planeta e que estão numa zona habitável de uma estrela semelhante ao do Sol.

De acordo com os resultados do seu estudo, para algumas das super-Terras recentemente descobertas não é o suficiente por estar na zona habitável conter vida, devido a sua espessa atmosfera e a grande pressão nas suas superfícies. 

Não foi em vão, o grupo de estudiosos lamenta que o seu estudo dissipa as esperanças dos cientistas para encontrar planetas com vida, assim como nos últimos anos, depois de um grande esforço da comunidade científica, os novos planetas potencialmente habitáveis ​​foram descobertos.

Tradução Google

Mapa com 'Pedreiros peludos', 'loiras burras' e 'nazis'

Mapa com 'Pedreiros peludos', 'loiras burras' e 'nazis'
O artista belga Sébastien Laurent criou um novo mapa da Europa cheio de clichés. O projeto, com objetivo pedagógico, foi publicado no site de educação Enseignons.be. E está a causar polémica, com muitas vozes a considerá-lo "racista".

O mapa de Laurent, apresentado aos professores de Geografia como ferramenta pedagógica através do site Enseignons.be, identifica cada país ou região com um cliché. Uns mais simpáticos, outros "levados ao extremo", como denunciam os jornais belgas Avenir e Sudpresse.

Neste mapa alternativo, Portugal é habitado por "Pedreiros Peludos", Espanha é terra de "Preguiçosos", França é pátria dos "Comedores de Rãs". Inglaterra é terra dos "Bifes", a Irlanda pertence aos "U2". Já a Alemanha é identificada com "Nazis". Mais a norte, a Suécia é habitada por "Loiras Burras" e a Finlândia é terra do "Pai Natal". A Rússia é pátria da "Máfia". No Norte de África vivem "Os Ladrões" e "Os Camelos". A Leste ficam "Aqueles que não conhecemos".

Descrições que valeram a Sébastien Laurent duras críticas por parte do Movimento contra o racismo, antissemitismo e xenofobia segundo o qual "esta reprodução e banalização de todos os preconceitos e estereótipos não tem nada a ver com humor". O Movimento ameaçou mesmo recorrer à justiça, caso o mapa não seja retirado.

Já os responsáveis pelo site Enseignons.be desvalorizam a situação e explicam que "pareceu-nos uma boa porta de entrada para abordar os preconceitos". E acrescentaram: "O nosso objetivo não era chocar, nem incitar ao ódio ou à discriminação racial. E este mapa é uma obra de arte exposta numa galeria. Pode ser analisada numa aula como qualquer folheto da Frente Nacional".

O Ministério da Educação considerou. por seu lado, a publicação deste mapa como "algo desastrado" e recordou não ter ligações ao site em questão.

Vídeo: NASA regista um asteróide de 400 metros passando perto da Terra

© jpl.nasa.gov

NASA revelou um vídeo mostrando um asteróide de 400 metros de comprimento e 200 metros de largura, passando perto da Terra.

As imagens do asteróide 2006 DP14 foram captadas em 11 de fevereiro, embora os astrónomos calcularam que o objeto aproximou-se o máximo da Terra um dia mais cedo, quando passou 2.400 milhões de quilómetros do nosso planeta. Com o tempo de aquisição de imagem do asteróide foi cerca de 4,2 milhões de quilómetros da Terra, ou seja, cerca de 11 vezes a distância entre a Terra e a Lua. 

O video compila imagens do asteróide registadas por cerca de duas horas e meia. Tendo em conta que o período de rotação do asteróide em torno de seu eixo  é cerca de seis horas, os astrónomos foram capazes de ver quase metade da sua superfície.

O asteróide tem a forma de um amendoim, conforme descrito pela Nasa já que é um asteróide binário de contacto. Isso significa que consiste em dois lóbulos diferentes aparentemente em contacto devido à gravitação. 

A captura do asteróide foi possível graças ao radar de 70 metros de diâmetro, localizado no observatório de Goldstone (Califórnia), operado pela NASA


Tradução Google

NASA anuncia descoberta de 715 novos planetas

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O telescópio espacial Kepler detectou 715 novos exoplanetas – planetas fora do Sistema Solar – quatro deles potencialmente habitáveis, anunciou hoje a NASA.

Com o anúncio, eleva-se para perto de 1.700 o número de exoplanetas confirmados, num universo de mais de 3.600 potenciais, informou a agência espacial norte-americana.

De acordo com a NASA, cerca de 95 % dos novos planetas extra-solares são menores do que Netuno, que é quase quatro vezes maior do que a Terra.

Os 715 exoplanetas orbitam 305 estrelas.

Quatro dos novos planetas identificados têm 2,5 vezes o tamanho da Terra e localizam-se a uma distância habitável da sua estrela, com uma temperatura que permite a existência de água e, potencialmente, de vida.

Um dos exoplanetas potencialmente habitáveis, chamado Kepler-296f, situa-se em torno de uma estrela com metade do tamanho do Sol. Os cientistas ignoram se o planeta é gasoso ou não.

O Kepler foi lançado em 2009 para detectar mais de 150 mil estrelas semelhantes ao Sol, localizadas nas constelações do Cisne e da Lira, e encontrar planetas-irmãos da Terra.

O telescópio danificou-se em meados de 2013.

Segundo Douglas Hudgins, da Divisão de Astrofísica da NASA, a maioria dos novos exoplanetas foi identificada nos últimos cinco anos.

-- Diário Digital com Lusa

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

A razão que o pode levar a «acabar» com o Google


Motor de busca armaneza dados de utilizadores. Mas há alternativas que têm na privacidade do utilizador a sua principal prioridade.

Corria o ano de 2008 quando, no estado de Filadélfia, Gabriel Weinberg, ex-aluno do MIT, decidiu criar um motor de busca para fazer frente ao gigante da Google.

Deu-lhe o nome de DuckDuckGo, um local de procura de informação onde «não se recolhe nem se partilham dados referente aos utilizadores».

Esta retenção de dados acontece porque o motor de busca de Weinberg não armazena a informação transmitida de forma automática pelo computador do utilizador. Dados como o IP (número de identificação único do computador) ou outras pegadas digitais, ficam de fora dos arquivos da startup.

«Quando se acede ao website do DuckDuckGo ou a qualquer outro website, o browser envia, automaticamente, informação sobre o computador do user (...). Uma vez que essa informação poderá ser utilizada para relacionar o utilizar com as pesquisas, nós não a guardamos», lê-se na política de privacidadedo website. 

Julia Angwin, autora do livro «Dragnet nation», que aborda questões sobre vigilância e segurança online, descobriu recentemente o novo agregador de informação. «O DuckDuckGo não sabe que vivo em Nova Iorque por isso, quando pesquisei pelo Museu de História Natural, apareceu o Museu de História Natural de Los Angeles. Para comparar, fiz a mesma pesquisa no Google que adivinhou que eu estava em Nova Iorque e que colocou o Museu Americano de História Natural de Manhattan no topo dos resultados».

Uma rápida pesquisa na barra da procura do DuckDuckGo revela uma das grandes dependências dos utilizadores em relação ao Google. Aqui, não é necessário escrever a totalidade da palavra ou da frase que procuramos. 

Bastam algumas letras que o Google nós dá de imediato uma série de sugestões - apesar de quase sempre certeiras, algumas delas em nada se relacionam com a pesquisa. Ainda assim, e porque as lemos, suscitam-nos interesse.

Esta circunstância leva-nos a passar mais tempo a navegar na Internet, a esquecer a pesquisa original e interessarmo-nos por assuntos secundários: «Ao escrever a letra "a", o Google sugere "amazon" e, de repente, lembro-me que preciso de encomendar alguma coisa na Amazon.com», conta Angwin.

Em 2013, o DuckDuckGo teve um total de mil milhões de pesquisas. Um número que se deve, segundo Gabriel Weinberg, à transparência e rigor na política de privacidade e às respostas certeiras e instantâneas às pesquisas dos utilizadores.

O DuckDuckGo ainda não é considerado um concorrente feroz do Google. A startup não tem um serviço autónomo de mapas, notícias ou imagens. No entanto, a atual conjuntura social e tecnológica joga a seu favor. 

Os utilizadores estão vez mais conscientes da noção de privacidade no universo online. Casos como o da espionagem cibernética da NSA e outros escândalos sobre furos nos sistemas operativos, despertaram o público para a problemática da monitorização de dados por terceiros.
Fonte: TVI

Rússia vai desenvolver sistema de proteção contra asteroides e meteoritos


O Ministério das Situações de Emergência russo vai criar um sistema de monitorização do espaço próximo à Terra para proteção contra asteroides e meteoritos, informou o titular da pasta das Emergências, Vladimir Puchkov.

De acordo com ele, o Ministério sob as suas ordens está trabalhando conjuntamente com entidades nacionais e estrangeiras para criar o conceito de um sistema capaz de proteger a população e as instalações socialmente importantes contra o perigo espacial de asteróides.

"Devemos promover um sistema de monitorização do espaço próximo à Terra em uma faixa de 250 a 500 mil km, para estarmos em condições de rastrear o movimento de todos os corpos espaciais sem exceção", esclareceu Puchkov. Ele acrescentou que a experiência piloto vai envolver uma parte do território da Rússia, Europa e América do Norte.

Casal vai passear o cão e encontra tesouro escondido

Três das latas em que foram encontradas as moedas


Três das latas em que foram encontradas as moedas
Fotografia © Reuters/Kagins', Inc

Casal encontrou 1427 moedas de ouro em perfeitas condições, datadas de 1847 a 1894, enterradas à sombra de uma árvore na sua propriedade. O tesouro, que pode ser o maior de sempre encontrado nos EUA, foi avaliado em dez milhões de dólares (7,3 milhões de euros).

"Não gosto de dizer que é algo único, mas nunca temos muitas oportunidade de lidar com este tipo de material, com um tesouro como estes", afirmou à AP o numismata Don Kagin, que representa o casal californiano que quer manter o anonimato. "É como se tivessem encontrado o pote de ouro no fim do arco-íris", acrescentou.

O casal, de meia idade, vive há vários anos na propriedade onde as moedas foram encontradas, em abril de 2013. Não fazem ideia quem as enterrou em seis recipientes de metal. O tesouro foi encontrado quando passeavam o cão e a maior parte das moedas será vendida através da Amazon. O casal vai usar o dinheiro para pagar as contas e ajudar algumas associações de caridade locais, indicou Kagin. "A preocupação deles era que não mudasse a forma como as pessoas os tratam, porque são felizes com a vida que têm", acrescentou.

Antes de venderem todas as moedas, os proprietários emprestaram algumas à Associação de Numismática Americana para serem mostradas no encontro anual da associação, que começa amanhã em Atlanta.

As moedas têm um valor facial de 27 mil dólares contudo, algumas são tão raras e estão em condições tão perfeitas, que há algumas que podem ser vendidas por um milhão de dólares. As moedas são de cinco, dez e vinte dólares e os peritos acreditam que não chegaram a entrar em circulação. A maioria foi cunhada em São Francisco.

Cientistas russos descobrem monstro no Árctico

Sonda submersível Klavesin-1P
Sonda submersível Klavesin-1P
Há bem pouco tempo, a mídia russa divulgou uma notícia sensacionalista: cientistas da Academia de Ciências do Extremo Oriente descobriram, nas águas árcticas, um organismo desconhecido de enorme tamanho.

A sonda submersível Klavesin-1P, efetuando pesquisas do fundo oceânico à profundidade de 1,5 km, detectou estranhos sinais de movimento à sua volta. O aparelho podia ter descoberto um cardume de peixes, mas tal hipótese foi logo afastada. Dizem que um objecto não identificado era um organismo de dimensões impressionantes que, passados instantes, se lançou em ofensiva contra a sonda e começou a abalá-la.

Após a emersão, no corpo da sonda foram visíveis algumas marcas resultantes dessa “batalha”. Que organismo podia ser esse e por que é que decidiu agredir a sonda? Para mais informações, a Voz da Rússia contactou o zoólogo Dmitri Isonkin:

“Costumo encarar com calma tais notícias. Na ausência de provas que podiam ser avançadas após o incidente, podemos entrar em falatórios ocos sem sentido algum”.

Ora bem, onde estão as fotos do corpo danificado e as imagens vídeo desse organismo marítimo não identificado? Os estragos podiam ter sido causados na sequência de uma colisão com objectos submarinos que se encontram no fundo. O cientista prossegue:

“Depois de divulgada a notícia sensacionalista sobre um monstro marítimo, muitas edições periódicas desataram a explorar esta temática. Mas, para já, não está claro se o principal “culpado da festa”, ou seja, o diretor do Instituto de Tecnologias Marítimas, Leonid Naumov, fez algumas declarações oficiais necessárias nesse caso.”

É uma pergunta ainda em aberto devido a certas nuances. A primeiro a veicular a notícia foi a rede noticiosa digital EVROSMI. Segundo o seu despacho, foi Leonid Naumov que informou sobre um incidente ocorrido à sonda Klavesin-1P. Depois, esta informação sensacionalista passou de boca em boca de várias agências noticiosas. Todavia, ninguém sabe dizer se essa história aconteceu na realidade ou o incidente citado com tanta frequência não de passa de um boato simples?

Curioso que múltiplas citações e alegações tornadas públicas têm provocado muita confusão e conclusões diametralmente opostas. Conforme algumas fontes, Naumov assumiu a responsabilidade por tais declarações, mas, segundo outras, desmentiu a notícia da sua própria autoria. Resta saber o que é que aconteceu na realidade?

Dmitri Isonkin afirma que o incidente devia deixar marcas do tecido do atacante ou de uma matéria rochosa que tivesse afectado a sonda, isto é, as marcas de origem não orgânica:

“Não se excluí a hipótese de termos descoberto uma nova espécie de organismos que habitam nas profundezas do Árctico. Isto é bem possível. Mas para tal precisamos de provas convincentes. Por isso, devem ser formado um grupo de peritos que possa estudar o fenómeno enigmático. Seria, pois, prematuro adiantar quaisquer declarações oficiais”.

Estamos, pois, perante uma incógnita por desvendar, razão pela qual continuamos a seguir com muita atenção o desenrolar de acontecimentos.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

“Pompeia microbiana” descoberta nos dentes de esqueletos com 900 anos

Tártaro nos dentes de um homem de meia-idade que viveu há uns 900 anos na Alemanha CHRISTINA WARINNER
Um autêntico ecossistema arqueológico, com uma “fauna” de bactérias e uma “flora” de resíduos alimentares antigos, foi agora revelado pela análise genética e biológica de tártaro dental datado da Idade Média.

Uma equipa internacional de cientistas, entre os quais um português, realizou uma análise aprofundada do tártaro colado aos dentes de esqueletos medievais, revelando pela primeira vez o ecossistema que florescia há quase mil anos na boca humana. Os seus resultados foram publicados na última edição da revista Nature Genetics.

Já se sabia que a nossa boca é o “antro” de um grande número de bactérias, algumas das quais estão na origem de doenças moderadas a graves das gengivas que afectam mais de 10% da população mundial – e que por sua vez, essas doenças estão associadas a doenças cardiovasculares, pulmonares e outras.

Os microrganismos que colonizam a cavidade oral humana tentam aderir ao esmalte dentário formando placa – uma finíssima película de bactérias vivas à superfície dos dentes. Passados uns dias, essa placa solidifica devido à mineralização promovida pela nossa saliva, dando origem a sucessivos depósitos de tártaro – uma autêntica “pedra” que em muitos casos precisa de ser periodicamente removida por um dentista com instrumentos adequados.

O tártaro poderá não ser bom para a saúde humana, mas é uma benesse para quem faz arqueologia biológica, uma vez que a mineralização da placa bacteriana “preserva e captura vírus e biomoléculas de todos os domínios da vida”, escrevem Christina Warinner, da Universidade de Zurique (Suíça) e da Universidade do Oklahoma (EUA), e colegas. E de facto, ao realizarem uma análise “de alta resolução” ao ADN e aos resíduos biológicos contidos no tártaro de quatro esqueletos provenientes do mosteiro de Dalheim, na Alemanha (e aproximadamente datados de 1100 d.C.) os cientistas desvendaram não só informações inéditas sobre as doenças da boca que afectavam as pessoas na Idade Média, como também novas pistas sobre a sua dieta e sobre a evolução dessas doenças e da dieta entre a Idade Média e os nossos dias. Diga-se antes de mais que os quatro esqueletos estudados apresentavam sinais de algum tipo, mais ou menos avançado, de doença oral.

“Já sabíamos que o tártaro preservava as partículas microscópicas de comida e outros detritos, mas o nível de preservação das biomoléculas que vemos aqui é notável. Trata-se de um microbioma [comunidade de microrganismos que vive no nosso corpo] sepultado e preservado numa matriz mineral, uma Pompeia microbiana”, diz Matthew Collins, co-autor da Universidade de York (Reino Unido), citado num comunicado daquela universidade.

“[O nosso é] o primeiro estudo onde se fez uma análise aprofundada do ADN e das proteínas encontradas no cálculo dental [tártaro] de esqueletos. E também o primeiro a mostrar que é possível reconstruir o genoma de micróbios que habitaram a cavidade oral humana há uns mil anos e (…) encontrar fragmentos de ADN com origem na dieta dos nossos antepassados”, disse ao PÚBLICO João Rodrigues, co-autor português do estudo, que trabalha na Universidade de Zurique e no Instituto Suíço de Bioinformática (ISB) – e que participou na análise computacional das sequências de ADN extraídas das amostras de tártaro.

Uma das conclusões a que os investigadores chegaram – ao compararem o tártaro dos quatro esqueletos antigos com o dos dentes de nove pessoas actuais – foi que as bactérias que provocam hoje em dia as doenças crónicas das gengivas (ditas periodontais) são essencialmente as mesmas que há 900 anos. Como explicar uma tal estabilidade, tendo em conta as mudanças na dieta humana e as melhorias em termos de higiene oral que entretanto se verificaram?

“É provável que o tipo de micróbios que colonizam a nossa cavidade oral se tenha adaptado a esse ambiente ao longo da nossa evolução (tal como os que colonizam os nossos intestinos, por exemplo)”, responde-nos João Rodrigues. “Por essa razão, penso ser normal encontrar [nos dentes dos esqueletos] os mesmos micróbios que habitam presentemente” as nossas bocas.

Os cientistas conseguiram aliás reconstituir na íntegra, a partir de milhões de fragmentos genéticos contidos no tártaro medieval fossilizado – um autênticopuzzle genético que só foi possível resolver com a ajuda de computadores –, o genoma da bactéria Tannerella forsythia, conhecida por estar associada a formas avançadas de doença periodontal. “O tártaro dental é uma janela para o passado e pode mesmo vir a ser um dos registos mais bem preservados de micróbios associados à espécie humana”, frisa por seu lado o co-autor Christian von Mering, do ISB, citado no já referido comunicado.

E mais ainda: também descobriram que as bactérias antigas já possuíam a maquinaria genética de base necessária para desenvolver, mais de oito séculos volvidos, resistência aos antibióticos. Mais uma vez, há uma explicação para isto. “A existência de genes que conferem resistência a antibióticos aos micróbios portadores [desses genes] não é totalmente inesperada, se considerarmos que a maior parte dos antibióticos são produtos de origem natural produzidos quase totalmente por micróbios”, diz ainda João Rodrigues. “Os antibióticos são apenas armas químicas usadas por uns micróbios contra outros micróbios e por isso, [essas bactérias orais] terão evoluído mecanismos de defesa em resposta a esses produtos”. E isso muito antes da invenção dos primeiros antibióticos, nos anos 1940.

A análise do tártaro dos esqueletos também revelou a presença de resíduos alimentares. “Foram encontrados alguns fragmentos de ADN (…) que apontam para o consumo de carne de porco ou javali e de ovelha, bem como de hortaliça e trigo. E alguns fragmentos de proteínas analisados foram identificados como constituintes de proteínas do leite”, explica-nos ainda João Rodrigues, acrescentando que esses resultados foram a seguir confirmados por outros métodos.

“O estudo do cálculo dental em esqueletos tem enorme potencial para revolucionar a antropologia e o entendimento da nossa evolução”, diz ainda o investigador português, salientando que até aqui, grande parte do conhecimento acerca da dieta das civilizações antigas baseava-se apenas em indícios indirectos. Por outro lado, acrescenta, “a capacidade de encontrar o ADN de micróbios é extremamente interessante porque pode ajudar a entender as doenças ou pragas que possam ter afectado civilizações sobre as quais existam poucos ou nenhuns registos.”

Fonte: Publico

Desaparecimento de abelhas conduz à extinção da humanidade

Desaparecimento de abelhas conduz à extinção da humanidade

As abelhas estão ameaçadas de extinção. Biliões de insetos produtores de mel em todo o mundo estão morrendo, deixando o homem a sós com as plantas não polinizadas.

As doenças que afligem as abelhas domésticas, são contagiosas para mamangabas e outros polinizadores silvestres de plantas. Tais são as conclusões de cientistas britânicos. Nos Estados Unidos, nos últimos dez anos pereceram 90% da população de abelhas selvagens e domésticas, no Reino Unido morreram mais de metade. A morte em massa desses insetos está sendo registrada na Suécia, Alemanha, Áustria, Itália, Israel e em outras regiões do mundo. O fenómeno é uma séria ameaça ao funcionamento normal dos ecossistemas do planeta e pode agravar a já existente crise alimentar, alertam os especialistas.

Segundo os dados mais recentes, nos Estados Unidos, na sequência da morte de abelhas caiu drasticamente o rendimento de culturas de frutas, especialmente maçã e amêndoa.

Cada primavera, para as áreas que mais sofrem trazem colmeias de outras partes do país, ou importam-nas do exterior. Isso não ajuda muito – a maioria das abelhas relocadas morre antes da próxima temporada. Além disso, no caso de transporte surge o risco de propagação de epidemias.

Em particular, em 1998, nos já mencionados Estados Unidos foi registrado o primeiro caso de infecção da família de abelhas com o pequeno escaravelho da colmeia. Anteriormente, ele habitava apenas na África do Sul, mas não causava muito dano lá, preferindo comer frutas demasiado maduras. Depois de ser trazido aos EUA, o escaravelho se tornou um verdadeiro desastre para os apicultores, nota o presidente da União Nacional de Apicultores russa Arnold Butov:

“Este escaravelho come não só as abelhas, mas também todo o conteúdo da colmeia – as células, os favos de mel, o mel e tudo mais. O pior é que ele pode ser transportado não só com produtos de apicultura ou as próprias abelhas, mas também com móveis e artigos em madeira.”

E agora já é o México que entra em pânico – os especialistas locais não estão conseguindo deter a propagação da praga. Na Austrália, desde Sydney, o escaravelho da colmeia se espalhou por por todo o país num só ano.

Outro problema enorme são ácaros e moscas parasitárias. Eles penetram no corpo da abelha e comem-na por dentro. Como resultado, a abelha enfraquece, produz prole defeituosa, perde a capacidade de se orientar no espaço e, eventualmente, morre de fome.

É praticamente impossível livrar-se deste flagelo. Destruindo colmeias, selecionando indivíduos saudáveis e mudando a localização do apiário, o apicultor fica só com a esperança de ter sorte. As próprias abelhas não são capazes de resistir a parasitas e vírus – o convívio com o homem teve um efeito devastador sobre sua capacidade de sobreviver, enfatiza o doutor de ciências agrárias, apicultor honrado da Rússia, Anatoli Kochetov:

“As abelhas, tal como os homens, adoecem se têm um estilo de vida não saudável e uma alimentação errada. Quando domesticamos as abelhas e começamos a colher todos os produtos apícolas possíveis: mel, geleia real, pólen, pão de abelha, cera de abelha, veneno de abelha, própolis – tanto nós como as abelhas começamos a esquecer como elas viviam em estado selvagem, a 50 milhões de anos atrás. Na latura elas cuidavam de si próprias. E agora nós fizemo-las esquecer como fazer isso. Daí vêm as doenças. Além disso, a expansão da rede móvel. Muitas linhas de energia elétrica. A ecologia está desequilibrada. Tudo isso afeta mal as abelhas.”

As abelhas doentes de um apiário infectam seus parentes selvagens. Se uma abelha afetada por fungos ou vírus pousa numa flor, e depois na mesma flor pousa uma mamangaba, a probabilidade de propagação da doença é muito alta. A morte em massa de abelhas e outros insetos himenópteros dentro em breve tornará o nosso planeta irreconhecível. 80% de todas as plantas florescentes do mundo são polinizadas por insetos.

Já hoje, em vários países existem fazendas onde as pessoas se veem obrigadas a exercer a função de polinização com pincéis na mão. Mas uma pessoa não consegue chegar a todas as flores. Em seu tempo, Albert Einstein disse que se as abelhas morressem, quatro anos depois as pessoas morreriam também. E abelhas já resta muito poucas.

Para quê os russos querem uma pirâmide?

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Se pensar que as pirâmides são exclusivamente uma obra das antigas civilizações terá de enfrentar a realidade: os arquitetos modernos não esquecem a glória dos antigos construtores e tentam competir apresentando as suas próprias versões dessas obras de culto. Tais como as de Alexander Golod que construiu na Rússia uma rede de pirâmides.

Tudo começou ainda no início dos anos 90, quando florescia todo o tipo de pseudo ciências sobre energia especial, espiritismo e outros fenómenos paranormais. Quando as pessoas ficaram, depois do desmoronamento da URSS, praticamente privadas da esperança num futuro comunista radiante, parecia não restar outra coisa em que acreditar. A ideologia soviética substituía a religião. Tendo perdido a sua fé, o país entrou em convulsões buscando sofregamente algo que colmatasse o vazio que surgiu na sua alma. Todo o tipo de videntes e especialistas em bioenergética não se fizeram esperar e começaram a apresentar alternativas…

Um deles era o engenheiro russo Alexander Golod. Durante a Perestroika ele se dedicou seriamente ao estudo da influência das pirâmides sobre o ambiente e a saúde do ser humano, tendo dado início à construção de pirâmides segundo um projeto próprio, não só em muitos pontos da Rússia, mas também numa série de países da Europa. Há informações sobre pirâmides de Golod em França e na Itália: em Nice e nos arredores de Roma.


Contudo, a sua pirâmide mais famosa é de direito a sua pirâmide com 44 metros de altura situada no quilómetro 38 da rodovia Moscovo-Riga. Atualmente esse local é uma espécie de destino de peregrinação de muitos turistas que visitam a região de Moscovo. Ela foi construída em fibra de vidro pelo princípio da Proporção Áurea. Segundo os estudos do seu próprio criador, a pirâmide realiza verdadeiros milagres. Ela pode resolver problemas de cidades e territórios com desequilíbrios ambientais; reduz os problemas epidemiológicos; ajuda a combater as dependências das drogas e do álcool; previne calamidades naturais; protege as pessoas que vivem perto de aterros de resíduos nucleares, químicos e bacteriológicos.

Mas de que forma? O criador da pirâmide afirma que ela é capaz de retificar o espaço deformado pelo uso irracional dos recursos naturais e pelas atividades nocivas do homem sobre o mundo que o rodeia e restaurar a harmonia nos territórios envolventes graças a uma emanação de energia “positiva”.


Foram referidos numerosos pacientes agradecidos, que depois de terem estado dentro da pirâmide melhoravam a olhos vistos. Àqueles que não conseguiram se curar totalmente durante a permanência dentro do objeto sagrado era-lhes proposta a aquisição no local de uma cópia da pirâmide de dimensões reduzidas para recuperar o equilíbrio energético em sua própria casa.

Contudo, não temos quaisquer provas científicas fidedignas dessas curas verdadeiramente bíblicas, assim como da melhoria da situação ambiental, além dos estudos realizados pela equipe de Alexander Golod. Mas seriam eles imparciais?


Entretanto as pessoas afluem às pirâmides de Golod em busca de milagres, esperando que elas se pareçam ao menos um pouco com as grandes pirâmides do Egito pela sua força e pelo seu poder. O próprio Alexander Golod foi breve na caraterização das suas obras:

“As pirâmides são uma ferramenta. Nós escolhemos a forma e as regras de construção ótimas, com o máximo benefício para o homem e para a natureza. As pirâmides do Egito tinham os seus próprios objetivos que podemos apenas adivinhar.”

Esperemos que as pirâmides de Golod, se não ajudarem a “harmonizar” o espaço envolvente, pelo menos não causem danos. Se elas não forem um remédio, ao menos que sejam um placebo. O principal é que elas não sejam um veneno muito bem camuflado…

A�exander Golod

Explosão extremamente forte registada no Sol

Explosão extremamente forte registrada no Sol

Uma explosão de raios de Rontgen extremamente forte ocorreu na superfície do Sol terça-feira, de manhã. No entanto, espera-se que na Terra não haja tempestades magnéticas.

A explosão da classe X5 deu-se às 00.50 GMT numa das regiões ativas, junto da beira oriental do Sol. Esta explosão é a mais potente de todas que tinham sido registadas a partir de março de 2012, quando no Sol ocorreu a explosão X6.3.

“Esta é uma das explosões mais potentes no ciclo solar atual, isto é, durante os últimos onze anos. Mas a sua fonte encontra-se junto do limbo oriental do Sol. Por isso, a nuvem de plasma, que foi lançada, não vai afetar a Terra. Não se esperam perturbações magnéticas, nem crescimento da torrente de protões”, informou um representante do Instituto Russo da Geofísica Aplicada.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

190 espécies diferentes detetadas nas conchas das lapas

190 espécies diferentes detetadas nas conchas das lapas

Um estudo do Centro de Investigação em Recursos Naturais (CIRN) da Universidade dos Açores revela que as lapas da região são um "surpreendente" ecossistema com 190 espécies diferentes.

Em declarações à Lusa, Gustavo Martins, um dos investigadores do estudo "PatelGene - Estrutura Genética das Lapas no Arquipélago dos Açores", que analisou um total de 707 conchas de lapa (Patella aspera) recolhidas em todas as ilhas do arquipélago, refere existirem "uns surpreendentes" 190 registos de espécies diferentes, sobretudo algas.

"Tendo em conta a flora registada nos Açores, é surpreendente como tantas espécies são encontradas num 'habitat' tão pequeno, indicando que é um micro 'habitat' importante para a diversidade algal dos Açores", disse o investigador do Departamento de Biologia da universidade açoriana.

Gustavo Martins destaca ainda que, das 190 espécies que "habitam" nas lapas, "dezassete foram registos novos, nunca antes encontrados nos Açores".

"Já sabíamos, à partida, que a lapa, sendo um herbívoro, tinha um papel importante nas estruturas das comunidades, mas desconhecíamos este papel de fornecer 'habitat' para uma série de outros organismos", reforçou o membro da equipa de invetsigadores, que integra ainda Ana Neto, Nuno Álvaro e João Faria.

O investigador sublinha por isso o papel "regulador" da lapa no controle de algas e na "fixação" de outros organismos, dando o exemplo da pequena craca Chthamalus stellatus.

"A lapa, ao controlar a abundância das algas, permite limpar a rocha e permite a fixação de outros organismos, nomeadamente das cracas pequenas".

A investigação, que aguarda revisão para publicação no Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, quis ainda apurar as implicações para a conservação e designação de áreas marinhas protegidas.

"Verificámos, em estudos feitos, que em algumas ilhas onde a exploração de lapas é mais intensa existem alterações ao nível do ecossistema: uma diminuição da abundância das cracas e um aumento da cobertura algal", disse.

Por isso, o projeto da academia açoriana contempla ainda um outro estudo, financiado pelo Fundo Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, para avaliar a "gestão sustentável" dos 'stocks' de abalone, mais conhecida por lapa-burra, pela qual, diz o investigador, existe um "interesse crescente" apesar do pouco conhecimento sobre a mesma.

"É altura ideal para começarmos a fazer um estudo antes de os 'stocks' estarem explorados", sustentou Gustavo Martins, alertando que as espécies de lapas de maior exploração comercial não estão "suficientemente protegidas", quer devido a uma "forte cultura piscatória local", como à "falta de fiscalização", dando a ilha de São Miguel como exemplo onde tal se verifica.

Nos Açores existem duas espécies de lapas, a Patella aspera e a Patella candei, mais conhecidas por lapa-brava e lapa-mansa, que só existem nas regiões macaronésicas.

Astrónomo espanhol filma asteróide a atingir a Lua

Astrónomo espanhol filma asteróide a atingir a Lua



O astrónomo espanhol Jose Maria Madiedo divulgou no YouTube imagens raras de um asteróide a atingir a Lua. Este é o maior impacto de um asteróide na superfície lunar alguma vez captado.

O fenómeno foi testemunhado por Madiedo, professor na Universidade de Huelva, a 11 de Setembro do ano passado, mas apenas agora foram publicados detalhes pela Royal Astronomical Society (RAS).

O asteróide mediria entre 60 centímetros e 1,4 metros de diâmetro, pesaria cerca de 400 quilos e terá atingido o satélite natural da Terra a uma velocidade de cerca de 61.155 quilómetros por hora.

O professor Madiedo estava a observar a Lua usando dois telescópios quando se apercebeu de um clarão tão brilhante que seria observável a olho nu.

Cerca de oito segundos mais tarde, pode ver-se um novo clarão.

«Na altura, percebi que tinha testemunhado um acontecimento extraordinário e muito raro», disse Madiedo à RAS.

A intensidade do impacto foi tão elevada que a rocha fundiu-se ao atingir a Lua e vaporisou-se, causando o clarão.
O impacto foi o equivalente à explosão de 15 toneladas de TNT, ou seja três vezes mais do que o anterior máximo registado.



Fonte: Youtube
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