quinta-feira, 10 de abril de 2014

Ano em que se afundou o Titanic não registou um número excecional de icebergues


Um estudo da universidade inglesa de Sheffield assegura que, contrariamente ao que se pensava até à data, em 1912, ano em que se afundou o Titanic, não foi registado um número "excecionalmente elevado" de icebergues.

Esta investigação, publicada hoje na revista "Weather", que analisa os registos da época e atuais, revela que o número de icebergues no Ártico foi muito superior em anos posteriores.

Assim, o aumento de icebergs parece ter-se acentuado nos últimos 20 anos e, segundo o professor Grant Bigg, entre 1991 e 2000 "foram registados mais de 700 icebergues e em cinco desses anos houve mais do que em 1912".

"Vimos que 1912 foi um ano de alto risco de icebergues, mas não de risco excecional", declarou o autor do estudo, que aponta que "em 1909 foi registado um número mais elevado e que, recentemente, o risco foi maior".

O estudo, dado a conhecer quando se cumprem 102 anos da viagem do Titanic - que partiu do porto inglês de Southampton a 10 de abril de 1912 - questiona as razões indicadas para o afundamento do navio, que o relacionavam com o elevado número de icebergues no oceano devido a efeitos solares e lunares.

A investigação descarta assim antigas teorias sobre o acidente do navio, ao mesmo tempo que alerta para o aumento da massa de água congelada na atualidade.

Segundo Bigg, o risco de crescimento dos icebergues aumentou nos últimos anos, até superar os números de 1912, ano em que o desastre do Titanic custou a vida a mais de 1.500 pessoas.

O Titanic afundou-se na madrugada de 15 de abril de 1912, depois de colidir com um icebergue. Apenas 700 passageiros sobreviveram.

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